Uma estátua de mármore,
Gigante e bela apenas,
Estética pura,
Beleza em pedra fria.
Em praça pública ela se estende,
Esguia, lânguida, esbelta.
Sua silhueta contra o poente
Manchado de tons quentes.
Os transeuntes a admiram
De longe.
Olhos atentos tentando
Capturar uma migalha de sua perfeição,
Olhos gulosos,
Invejosos olhos,
Ávidos, desejosos, quase cheios de volúpia.
Nasce o Sol, gira a Terra,
Cresce a Lua, desce a chuva
Sobre as costas desenhadas da escultura.
Passam-se os segundos,
Perde-se a juventude,
Vão-se os transeuntes,
Mas a pedra fica.
(08/09/10)
(08/09/10)
Matilda de Azevedo
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