A
folha branca à minha frente
Se
torna cada vez mais alva,
Cada
vez mais morta,
Tão
inerte, até sólida.
A
folha hoje, folha outrora,
Celulose
resumida
À
folha clara,
A
não-vida me instiga,
Me
chama, me demanda,
O
rubro pulsar de minha essência,
Aquela
que tivera
Como
eu tenho agora.
A
folha branca à minha frente,
Tão
nula folha
Vazio
me torna,
A
folha industrializada,
Tão
alvo papel que cega
É a
árvore que me chama
a
assinar minha sentença
como
ela, morta.
Mike Rodrigues