quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sinais

Eu me encontrava em meio ao nada,
Estava em casa e não a reconhecia.
Agora estou mais perto
E mesmo assim nunca me senti tão longe,
Tão distante,
Tão perdida.
Não me acho em reflexos de olhos conhecidos,
Não reconheço essas faces cunhadas a tempo,
Não me reconheço.
Eu me absorvia em divagações estúpidas,
Eu, alma pequena, assaz adjetivada!
Nunca me senti tão vaga,
Nunca me senti tão nula,
Nunca me senti tão fria,
Nunca me senti...
Eu me extraviei no meio de algum caminho,
O qual nem ao menos sei aonde me conduziria,
Oxalá fora do abismo que sou eu mesma.

Matilda de Azevedo

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