terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Noite

Perco-me no deleite de um drink colorido.
Mascaro minha dor com um copo de conhaque
Barato, falso.
Danço sozinha ao som de uma marcha fúnebre.
Choro, rio, grito, calo-me.
Trago um véu de fumaça maldita,
Relaxo.
Saio pelas ruas desertas, deserta.
O frio da cidade me abraça.
Meu espírito segue gélido sem rumo.
Estou só em meio de muitos,
Esquecida.
Nem minha casa me reconhece.
Caio na cama e durmo,
Por uma noite apenas.
Espero silenciosa e impaciente pelo sono eterno.

Matilda de Azevedo

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